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Quais são as áreas que mais procuram por autônomos no Brasil?
Os empreendedores seguem alçando voos cada vez mais altos no Brasil e o faturamento das pequenas e médias empresas subiu 11,5%, nos primeiros três meses de 2024. Esses são alguns dos dados coletados pelo Índice Omie de Desempenho Econômico das Pequenas e Médias Empresas (IODE-PMEs).
O IODE também indica que as áreas de mais rendimento foram: a de serviços, com 8%, e a de infraestrutura, com 5,9%. A expectativa é que durante o ano de 2024 o volume continue em ascensão, superando o ano de 2023 e o PIB geral projetado pelo Governo Federal.
Para os profissionais autônomos, as taxas também são positivas. Desde 2012, o número de empreendedores individuais vem constantemente crescendo em nosso país. E em 2023 alcançou a marca histórica de mais de 15 milhões de cadastrados MEI, segundo dados da Receita Federal e PNAD Contínua.
O destaque fica por conta do setor de beleza, que inclui cabelereiros, manicures epedicures, com mais de 1 milhão de registros. A pesquisa comandada pela Faculdade Getúlio Vargas também comprova essas informações e afirma que a cada 4 empresas abertas em nosso país, 3 são microempreendedores.
Mas, afinal, quais são os setores que mais receberam solicitações de trabalhos? E qual a média de tarifas cobradas por esses profissionais?
Setor de Reforma e Construção
Mais de 7.3 milhões de brasileiros estão trabalhando na Construção Civil, segundo o Boletim Estatístico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Números que seguem subindo depois do corte brusco causado pela pandemia em meados de 2020. Naquele momento, o número de pessoas ocupadas estava em aproximadamente 5 milhões.
Outro dado positivo vem do número de vivendas financiadas com FGTS ou poupança SBPE. Ambos continuam crescendo, indicando uma procura por serviços relacionados à construção, como pedreiros, empresas de reforma e construção, pintores e gesseiros.
Quanto fatura o setor de construção no Brasil?
Os dados de 2023 variaram muito segundo a localização. A SindusCon-SP apontou um crescimento de 1,2% em 2023. Enquanto a CBIC registrou uma queda de 0,5%. Contudo, apesar de negativo, apresenta uma melhora no setor, já que no final do 3º trimestre de 2023, a porcentagem era de -4.5%.
Para este ano, a CBIC prevê um crescimento de 1,3% para a indústria da construção, impulsionada pelo processo de queda na taxa de juros, somado aos avanços no Programa de Aceleração do Crescimento e do Minha Casa Minha Vida.
Quando pensamos no faturamento dos profissionais autônomos na construção civil (pedreiros, carpinteiros, pintores, encanadores, etc.), dependendo do tipo de serviço prestado e sua localização, eles podem cobrar valores diferentes. Por exemplo, um pedreiro no Brasil cobra por volta de 45 reais a hora e cerca de 180 a diária, segundo dados da Cronoshare. No entanto, serviços de emergência, trabalhos mais complexos e a necessidade de um ajudante fazem os valores subirem, obviamente.
Cuidado com animais: adestradores e hospedagem
Não devemos perder de vista o setor de pets. Principalmente na contratação de adestradores de cães, hotéis e creches caninas e felinas.
No Brasil, os animais estão protegidos pelo artigo 225 da Constituição de 1988 e pela Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98), garantindo que abusos, maus-tratos ou qualquer ato violento possa ser penalizado com até 5 anos de reclusão. Além disso, já circula um projeto para que eles sejam considerados seres sensíveis e passíveis de proteção jurídica, o que pode causar disputa por tutela, por exemplo. Não podemos negar que os animais são excelentes companheiros e, muitas vezes, nossas melhores companhias.
Inclusive, segundo a pesquisa Radar PET, conduzida pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan), houve uma mudança no comportamento entre tutor-pet, deixando de lado o aspecto utilitário, para algo mais emocional.
Isso faz com que os tutores dos mais de 85 milhões de animais de companhia brasileiros, busquem por serviços como adestramento, hotéis para abrigar seus pets durante suas viagens ou até mesmo creches e pet sitters para que seus animaizinhos tenham companhia durante o dia, enquanto trabalham.
Quanto fatura o setor Pet no Brasil?
O último relatório sobre o mercado brasileiro de Saúde de Animais de Companhia, divulgado pela COMAC, aponta que já em 2022 o faturamento do setor chegava a quase 140 bilhões de dólares. Algo que vem crescendo desde a pandemia, já que 23% dos entrevistados confessaram que depois de 2020 receberam, pela primeira vez, um animal de estimação em suas casas.
Para divulgar seus trabalhos, os profissionais têm optado pela internet e segundo dados da Cronoshare, o número de solicitações para este setor cresceu 5% em relação a 2022. Em termos de tarifa, um adestrador, por exemplo, pode cobrar entre R$ 150 a R$ 300 por aula.
Bem-estar: estética e massagens
Não é apenas o bem-estar de seus companheiros caninos e felinos que se tornou uma tendência no setor de serviços. As buscas por tratamentos estéticos e massagens vêm ganhando espaço na rotina dos brasileiros.
Segundo o Google Trends, as buscas por procedimentos estéticos e massagens estão em um constante crescimento desde 2017. E não parece que irá cair tão cedo. Essa alçada impulsiona a formação de novos profissionais e o Brasil já é o 4º maior mercado consumidor da área de cosmética, higiene pessoal e perfumaria do mundo (ABIHPEC).
Somente os salões de cabeleireiros brasileiros são responsáveis por mais de 5 milhões de oportunidades de emprego. Seja para atender a domicílio, clínica ou salões, cuidar do corpo através da estética e massagem é, comprovadamente, uma poderosa aliada para a autoestima e saúde mental.
Para quem se dedica a trazer este conforto ao corpo (e alma!) dos clientes, o futuro é promissor e uma das tendências são os tratamentos não invasivos. As tarifas cobradas pelos profissionais dependem de muitos fatores, uma massagem pode custar cerca de 150 reais, enquanto um penteado com maquiagem simples pode ser contratado por valores a partir de R$130.
Cuidado com corpo: nutricionistas e personal trainers
Seguindo a tendência de cuidados com o corpo, não podemos deixar de lado o setor de personal trainers e nutricionistas. O famoso “shape” tem inundado as redes sociais e conquistado adeptos por todas as cidades. As buscas por personal trainers presenciais e online tem ajudado a difundir a profissão, que já é uma das mais promissoras no campo das atividades físicas.
De acordo com o Conselho Federal de Educação Física (CREF), existem mais de 100 mil profissionais qualificados para exercer como personal trainer no Brasil e o mercado para estes profissionais está aquecido.
Em um estudo conduzido pela empresa americana McKinsey & CO, 79% dos entrevistados afirmaram se importarem muito com o bem-estar físico e 42% deles, colocam essa parte da vida como prioridade número 1.
O Personal, portanto, desempenha um papel fundamental. Já que a sua presença traz mais segurança e resultados na prática esportiva. Praticar qualquer esporte sem a orientação adequada pode gerar lesões graves, além de ser um prato cheio para desistir na metade do caminho.
Assim como o Personal, a figura do nutricionista é igualmente relevante. Uma alimentação saudável e completa pode representar até 60% do seu objetivo. Seja perda de peso, ganho de massa muscular ou hipertrofia. Um plano de alimentação e treinamento personalizado coloca os clientes um passo mais perto do físico desejado.
Quanto fatura o setor fitness no Brasil?
O mercado fitness já bate um faturamento de mais de 12 bilhões de reais ao ano. E se tornou o 13º país que mais fatura nesta indústria, segundo dados da Fitness Brasil. Os preços médios que um personal trainer pode cobrar no Brasil variam entre os R$ 70 e R$ 150 por sessão, segundo dados da Cronoshare em sua guia de preços para personal trainers. Já um plano com nutricionista sairá possivelmente por cerca de R$ 200 até R$ 700 reais por mês.